Um pouco da minha história e de Luiz Gabriel
Minha vida: Vivia com minha mãe e meu irmão (na
época com 3 anos de idade). Minha mãe lutou muito, e sempre
foi o sonho dela, que eu fizesse minha graduação em um universidade pública.
Assim foi, passei em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Maringá. Na
época, minha mãe estava separada de seu marido(pai do meu irmão), pois era
viciado em drogas e violento. No dia 17 de maio de 2006, quando já estava em
Maringá estudando, recebo a noticia que minha a minha mãe havia falecido em um
acidente. Fato que até hoje não foi explicado claramente. Em 2006, eu tinha
apenas 19 anos, e não tinha como manter e assegurar um bom futuro para meu
irmão. Então pedi para meu avô, pai da minha mãe, ficar com ele. Ajudei em todos os tramites para que ele e sua
mulher pudessem ficar com Luiz Gabriel. Pois bem, meu irmão mudou para a casa
deles. Participei de toda a adaptação do
meu irmão na sua nova casa, do novo ambiente e das novas pessoas, já que não
tínhamos um estreito convívio com meu avô. Eu continuava morando em Maringá, e passava férias e feriados na casa de meu
avô com meu irmão . A minha convivencia com meu irmão sempre foi tranquila e com muito amor um pelo outro. Eu tammbém mantinha contato permanente pelo telefone e por e-mail, com todos os
moradores da casa. Em 2009, fui surpreendida com a notícia de que não poderia
mais vê-lo(meu irmão). Foi alegado pela
psicóloga dele, que ele não sabia lidar com as lembranças do passado, do pai
dele que agredia a nossa mãe, e que a minha presença trazia essas lembranças ruins,com as quais ele não sabia lidar. Eu também
trazia a lembrança da nossa mãe, e como ele tinha saudades dela,era melhor eu
me afastar. Fui impedida até mesmo de falar ao telefone com ele. Como não havia
mais diálogo, resolvi entrar com um processo de regulamentação de visitas. Em uma primeira
audiência com o Juiz, consegui o direito de visita, 2 domingos por mês. Posteriormente, a liminar foi suspensa pelo
desembargador de Sp ,até que novas pericias psicológicas fossem feitas. Este ano completam-se 4anos que
não vejo meu irmão, 4 anos de luta e sofrimento ( acredito que não só para mim, mas para ele também), 4 anos de direito de
convivência negado, tanto o meu direito quanto o do meu irmão de conviver
comigo. Não sei se meu irmao está vivo ou morto, em que escola estuda, quem são
seus amigos, como anda seu tratamento psicológico (quais sao seus avanços ou talvez retrocessos), e o que dizem para ele
sobre nossa separação, e sobre a minha pessoa. Não tenho mais os telefones de
meu avô e de sua residência, pois eles mudaram os números. No entanto, continuo na luta pelo: nosso direito de convivência; nosso amor; ´para que nossas lembranças, as lembranças de uma convivencia saudável entre irmãos , não seja esquecida, e para que a nossa memória não seja negada.
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