sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Um pouco da minha história e de Luiz Gabriel

Minha vida: Vivia com minha mãe e meu irmão (na época com 3 anos de idade). Minha mãe lutou muito, e sempre foi o sonho dela, que eu fizesse minha graduação em um universidade pública. Assim foi, passei em Ciências Sociais na Universidade Estadual de Maringá. Na época, minha mãe estava separada de seu marido(pai do meu irmão), pois era viciado em drogas e violento. No dia 17 de maio de 2006, quando já estava em Maringá estudando, recebo a noticia que minha a minha mãe havia falecido em um acidente. Fato que até hoje não foi explicado claramente. Em 2006, eu tinha apenas 19 anos, e não tinha como manter e assegurar um bom futuro para meu irmão. Então pedi para meu avô, pai da minha mãe, ficar com ele.  Ajudei em todos os tramites para que ele e sua mulher pudessem ficar com Luiz Gabriel. Pois bem, meu irmão mudou para a casa deles. Participei de toda a adaptação do meu irmão na sua nova casa, do novo ambiente e das novas pessoas, já que não tínhamos um estreito convívio com meu avô. Eu continuava    morando em Maringá,  e passava férias e feriados na casa de meu avô com meu irmão . A minha convivencia com meu irmão  sempre foi tranquila e com muito amor um pelo outro. Eu tammbém mantinha contato permanente pelo telefone e por e-mail, com todos os moradores da casa. Em 2009, fui surpreendida com a notícia de que não poderia mais vê-lo(meu irmão).  Foi alegado pela psicóloga dele, que ele não sabia lidar com as lembranças do passado, do pai dele que agredia a nossa mãe, e que a minha presença trazia  essas lembranças ruins,com  as quais ele não sabia lidar. Eu também trazia a lembrança da nossa mãe, e como ele tinha saudades dela,era melhor eu me afastar. Fui impedida até mesmo de falar ao telefone com ele. Como não havia mais diálogo, resolvi entrar com um processo de regulamentação de visitas. Em uma primeira audiência com o Juiz, consegui o direito de visita, 2 domingos por mês.  Posteriormente, a liminar foi suspensa pelo desembargador de Sp ,até que novas pericias psicológicas fossem feitas.  Este ano completam-se 4anos que não vejo meu irmão, 4 anos de luta e sofrimento ( acredito que não só para mim, mas para ele também), 4 anos de direito de convivência negado, tanto o meu direito quanto o do meu irmão de conviver comigo. Não sei se meu irmao está vivo ou morto, em que escola estuda, quem são seus amigos, como anda  seu tratamento psicológico (quais sao seus avanços ou talvez retrocessos), e o que dizem para ele sobre nossa separação, e sobre a minha pessoa. Não tenho mais os telefones de meu avô e de sua residência, pois eles mudaram os números.  No entanto, continuo na luta pelo: nosso direito de convivência; nosso amor; ´para que nossas lembranças, as lembranças de uma convivencia saudável entre irmãos , não seja esquecida, e para que a nossa memória não seja negada.

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